Acordei cedo, estranho e agitado,
saí pra fora e olhei para o céu,
O danado estava bravo,
carrancudo, cinzento e molhado.
Não dei muita bola, o ignorei, dei
alguns passos e pra dentro voltei,
No entanto, algo me incomodava,
tentava, mas, não sossegava.
Caminhava de um lado à outro,
murmurando palavras de desagravo,
frases que não faziam sentido,
em devaneios amalucados.
Me espantei com essa loucura,
onde tudo estava estranho,
fora de controle e de lugar.
Fucei, mexi, remexi e...nada!
Por mais que me esforçasse,
minha mente não clareava.
De repente, assim, num repente,
uma voz bem fraca se fez ouvir:
"Sou eu, aqui no cantinho,
cheguei quietinha, devagarinho,
e aqui me instalei, bem cantinho".
Imediatamente, descobri quem,
cutucando com ferro em brasa,
tornara meu dia nublado.
Um velho conhecido de muitos,
que visita alguns poucos,
não o faz por maldade,
e seu nome?...é saudades.
0 Comentários
