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domingo, janeiro 19, 2014

“A existência da alma”



Naquele dia, o movimento na empresa estava tranquilo e sem muito que fazer os dois colegas de trabalho sentaram em um sofá do escritório que ficava próximo ao bebedouro d’água e começaram a conversar. Alberto, o mais velho tinha mais conhecimento e era muito conversador, do que se aproveitava Miguel para aprender com ele coisas que não encontrava em livros.
- Estou ficando estranho- começou falando Alberto- Está um calor desgraçado, não há agua que mate a sede, estou morrendo de sono e com certeza estou com stress. Às vezes, tenho sensação que minha alma quer deixar meu corpo, partir para alguma praia distante e ficar sentada displicentemente embaixo de uma arvore tomando água de coco. Bem, ela que trate de ficar bem quietinha onde está, pois, ainda não estou preparado para partir em direção ao Astral.
Ao ouvir isso, Miguel aproveitou para perguntar se o Alberto tinha uma opinião formada sobre uma questão que o incomodava muito,
- Alberto, você realmente acredita que a alma existe? Você não acredita que a alma não passa de um conceito inventado pelos lideres religiosos para justificar práticas e dogmas das religiões?
Alguns longos segundos se passaram antes que Alberto se prontificasse a responder de maneira que não ofendesse o ponto de vista de Miguel.
- Bom meu amigo, não tem como pegar uma alma e mostrar para você. No entanto, existem conceitos que dizem não haver maneira de provar que a alma não existe e diante disso, podemos utilizar métodos que nos dizem que a alma pode existir. Entendeu meu amigo?
- De forma alguma, na verdade o que você fez foi dar um nó em meu cérebro.
-É, estou vendo que vai dar trabalho. Deixa-me explicar de outra forma: Você respira certo? Então você sabe que o ar, uma mistura gasosa está envolta de você, você pode senti-lo através do vento que toca seu rosto, vê-lo através das folhas das arvores que flutuam levadas pelo vento e acima de tudo absorve-lo e dele retirar o oxigênio vital para a vida. No entanto, você não pode vê-lo fisicamente, pois ele não tem forma e nem textura. Você entendeu?
- Não entendi porra nenhuma! Agora deu nó de vez. A última coisa que entendi foi quando você perguntou se eu respirava.
Alberto percebeu que o assunto iria render muita conversa. Foi até o bebedouro, tomou um bom copo de água, voltou e sentando-se no sofá ficou pensando numa maneira de melhor explicar para o Miguel porque ele acreditava na existência da alma.
- Esta bem, digamos que um caçador está em uma floresta e subitamente se dá conta que seu cão de caça se embrenhou mata adentro o deixando sozinho, o que ele faz?
- Sei lá, grita para o cão voltar? Disse Miguel.
- Não exatamente. Na verdade, ele se utiliza de um apito que emite um som numa frequência que o ouvido humano não consegue escutar, mas, o cão sim. Então, não podemos ouvir apito para chamar os cães, mas, sabemos que ele existe e só não o vemos porque ele está em uma frequência que nosso ouvido não pode capitar. A alma, como tudo no mundo vibra e está numa vibração tão diferente dos padrões físico que é impossível nossos olhos enxergarem. Tudo que vemos ou ouvimos, chegam ao nosso cérebro através de vibrações que são decodificadas pelo cérebro e transformadas em imagens ou no caso do ouvido em sons.
Aí é que está o problema, a alma (espirito encarnado) ou o espirito (quando fora de um corpo) vibram com tanta intensidade que apenas pessoas com alto padrão espiritual, isto é, uma alma altamente evoluída através de inúmeras reencarnações pode sentir ou mesmo ver a forma esotérica da alma ou de um espírito. Resultado: Apesar de não podermos retirar amostras, pesar ou medir a alma, podemos sim, supor que ela exista e que faça parte da trajetória da evolução espiritual da humanidade. Acho que agora você entendeu não é Miguel?
O Miguel a esta altura estava com os olhos esbugalhados, a boca aberta e quase catatônica. Na verdade, seu cérebro havia parado de assimilar o que Alberto dizia já ha algum tempo, diante da dificuldade em saber onde arquivar tal informação.
- Miguel acorda! Gritou Alberto. Você entendeu o que eu disse?
Sacudindo a cabeça como que para dissipar as palavras que estavam entrelaçadas em seu cérebro, Miguel disse meio nervoso.
- Sei lá, meu! Acho que você cozinhou o pobre do meu cérebro. Na verdade não entendi porra nenhuma do que você disse. Vamos trabalhar que é melhor.
O calor estava de matar e Alberto vendo que não conseguiria fazer com que o Miguel raciocina-se com coerência, tomou um copo d’agua e foi cuidar das suas tarefas, afinal, o homem não pode viver de filosofia, é preciso trabalhar.
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